††Į ŋεεδ hιm††

Mas eu quero enganar quem? Toda a gente sabe, ou pelo menos eu sei, que não tenho coração. Foi partido. E nunca mais tornará a bater por alguém, não do mesmo jeito.
Ando a tentar livrar-me do passado. 'Águas passadas não movem moínhos', mas o meu passado está tão presente que não me consigo ver livre dele. Tudo me encaminha no mesmo sentido, tudo me diz o mesmo. Eu nego a mim própria, mas lá no fundo sei a verdade.
Para satisfação de todos, há que dar a oportunidade a mais alguém de ser feliz, e se eu puder contribuir ainda melhor. Se o faço é porque tenho razões fortes, mas nada será tão verdadeiro como aquilo que foi destruído. Pois a Solange que existiu e amou daquele jeito, já não tornará a aparecer, nem que fosse pelo homem mais maravilhoso à face da terra...
Ela amou, sofreu, tornou a amar e a sofrer. Agora continua a sofrer, apesar de tentar amar de novo, mas é um amor completamente diferente e à parte do outro. Como se o seu coração destroçado tivesse criado um pequeno espacinho para tentar ser feliz, nem que seja por poucos momentos.
Saí da sua vida como um pedaço de papel sem utilidade nenhuma. Fui riscada do seu coração como alguém que se engana a escrever uma palavra. Passei de importante para sem significado. O 'olá' que me diz deve ser o mais forçado de todos, só para fazer boa figura.
Meio ano com apenas uma pessoa no coração e na alma é muito tempo. Não consigo e não quero esquecer! Parece que a sua Dark Angel já não lhe faz falta. Porquê? Sempre tinhamos dito que a amizade iria durar. Ele é o meu melhor amigo, partilhávamos tudo, entendiamo-nos, ajudávamo-nos...
Não posso ter o seu amor de volta (mas o meu por ele resistirá a tudo e a todos) mas quero tentar conquistar a sua amizade, se assim o permitir. Sinto a sua falta. Preciso dele para preencher um grande vazio.